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Sexta Inspirada! O lúdico Verner Panton

Nascido na Dinamarca, Verner Panton foi um arquiteto e designer como nenhum outro. Desde a década de 50, quando trabalhou com Arne Jacobsen, o jovem visualizava um futuro promissor, e não tinha medo de ousar nas cores e formas. Tendo se firmado como um designer revolucionário, Panton ganhou uma espécie de licença para a experimentação, surpreendendo a cada peça inventada, como a cadeira que leva seu nome. Em 1968, mal sabia ele que aquela seria sua mais famosa criação e um dos maiores ícones do mobiliário em toda a história do design.

1. Pra começar bem, uma citação do próprio que resume bem suas aspirações: “O maior objetivo do meu trabalho é levar as pessoas a usarem sua imaginação. A maioria delas passa a vida toda em casas melancólicas, cinzas ou beges, morrendo de medo de usar as cores. (…) Através de experiências com iluminação, cores, tecidos, móveis e tecnologias avançadas, eu tento mostrar novos caminhos, encorajando-as a usarem a fantasia para tornar seus ambientes mais excitantes”.

2. Em 1960, o arquiteto foi convidado a projetar os interiores do hotel e restaurante Astoria, na Noruega. Panton elegeu as estampas Geometry I to IV, criadas por ele, para cobrir pisos, tetos e paredes, gerando um inusitado efeito óptico. Os pendentes Topan e as poltronas Panton Cone e Heart Cone também levam sua assinatura.

3. Um dos poucos projetos de Verner que ainda está preservado, em partes, é o escritório da editora Spiegel, em Hamburgo, na Alemanha, finalizado em 1969. A piscina dos funcionários, ultra colorida, foi destruída pouco depois por um incêndio, e a entrada e o lobby foram reformados nos anos 90. Assim, o único ambiente que ainda permanece totalmente como Panton idealizou é a cantina. Em tons de laranja e vermelho, o espaço representa um valiosíssimo registro de sua obra.

4. E onde vivia esse gênio do design? Bem, sua casa na realidade não parecia uma casa. Está mais pra um parque de diversões. A começar pelo hall de entrada, forrado de luminárias extravagantes e prismas espelhados que multiplicam ainda mais o impacto das luzes. Por toda a residência, cores fortes aparecem nos tapetes, paredes, no teto, no carpete pink, enfim, em absolutamente tudo. Panton realmente se entregou ao estilo de vida psicodélico dos anos 60, estimulado pelo uso de substâncias alucinógenas.

5. Apesar de não ser tão divulgado quanto outras criações do designer, o conjunto de assentos Pantonova, de 1971, é incrível. São seis cadeiras idênticas com estrutura de aço cromado, que, quando agrupadas, formam um único sofá circular ou ondulado. Na época, era fabricado pela empresa Fritz Hansen, mas, infelizmente, saiu de produção. Abaixo, as cadeiras usadas em um restaurante idealizado por ele.

6. Durante alguns anos das décadas de 60 e 70, a empresa química Bayer, que existe até hoje, alugava um navio anualmente para funcionar como uma espécie de showroom, com o intuito de promover o uso de materiais sintéticos dentro das casas. O arquiteto foi convidado duas vezes para decorar o interior do navio, e em sua segunda participação, no Visiona 2, ele criou um ambiente totalmente extraordinário, pelo qual é lembrado até hoje. Batizado de Fantasy Landscape, o espaço era totalmente forrado com almofadas de formas orgânicas e cores vibrantes.

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Sexta Inspirada! Sixties

A balada Hot Hot, em São Paulo, foi inspirada no talento maluco de Panton.

Novo escritório da Skype na Suécia

Um prédio histórico de Estocolmo, que já abrigou uma fábrica de roupas e até a maior cervejaria da Suécia, foi transformado na sede sueca da empresa de comunicação online Skype. Apesar de instalado em uma construção de 1846, o escritório possui um visual divertido e super moderno, que chega a ser quase futurista, correspondendo ao universo da empresa. Os responsáveis por deixar o lugar com a cara da Skype foram os arquitetos do PS Arkitektur.

As instalações acomodam confortavelmente 100 funcionários, um grande avanço comparado ao antigo escritório, com capacidade para apenas 35 pessoas. A cor branca é predominante na maioria dos espaços, permitindo que o destaque fique para os móveis coloridos e para o piso, que exibe vários tipos de carpete com detalhes geométricos e toques de roxo e rosa. Tubulações aparentes e fiações também foram pintadas de branco para se camuflarem nas paredes e no teto.

Luminárias lindas como os pendentes Rock e Cage, nascidos da parceria entre a grife Diesel e a marca Foscarini, embelezam os ambientes de convívio. Na sala de reuniões, o papel de parede feito sob medida exibe imagens que retratam o dia-a-dia da empresa: fios, microfones e câmeras.

Um jardim no escritório

Quem vê esse jardim exuberante dificilmente vai adivinhar que ele se encontra dentro de um prédio sem graça em Nova Jersey, EUA. O proprietário do imóvel é o estilista Elie Tahari, famoso por seus ateliês com belos projetos de interiores. Também por isso, ele não poderia deixar 300 de seus funcionários trabalharem em um ambiente hostil, sem nenhuma janela e nem um pouquinho de verde.

Para contornar esse problema, Tahari contratou os arquitetos e paisagistas do MVVA para criar uma paisagem reconfortante no último andar desse seu escritório. A solução proposta por eles foi delimitar dois pátios internos, cortando o telhado original para permitir que o céu e o clima penetrassem o centro da estrutura. Os dois jardins, ambos fechados por paredes de vidro, completam pouco mais de 180m² de natureza, e os rasgos no teto trazem raios de sol e flocos de neve para dentro do local de trabalho.

Escritório moderno na Austrália

Atuando no ramo da arquitetura desde 1884, a firma australiana Wilson Architects reformou seu escritório recentemente. Com o intuito de acomodar com mais conforto o número crescente de funcionários, em 2005, os proprietários compraram o terreno ao lado e duplicaram a área útil da empresa. As duas construções passaram por uma reformulação em 2010 e ganharam mais fluidez.

Para ressaltar a história da empresa de 4 gerações e do imóvel, comprado em 1959, os arquitetos preservaram as esquadrias originais e expuseram os tijolos em alguns pontos. Fechado por paredes e teto de vidro com detalhes brancos, o espaço de convívio otimiza a entrada de luz natural em todo o escritório, enquanto os bancos compridos e um jardim vertical convidam a equipe a dar uma pausa na rotina corrida e renovar as energias.

Raiffeisen | Banco moderno na Suíça

O design de interiores está invadindo todo tipo de estabelecimento. Literalmente!

Há algumas décadas, um bom projeto de interiores era encontrado apenas em residências suntuosas ou restaurantes e hotéis de luxo. Felizmente, hoje em dia o design dos espaços está em todo lugar, nas farmácias, supermercados, lanchonetes, faculdades e até mesmo nos bancos.

A mais nova instituição financeira a entrar pra lista dos ‘Designer Banks é o Raiffeisen, em Zurique, na Suíça. O projeto de ares futuristas nasceu da parceria entre os estúdios NAU e DGJ, que buscaram criar um espaço onde os clientes se sentissem mais à vontade e pudessem estreitar relações com os funcionários.

A cor branca foi escolhida para trazer amplitude aos ambientes, enquanto o ocre escuro valoriza as paredes com recortes de rostos de personalidades importantes.

Conheçam um banco incomum em Paris.

Sexta Inspirada! Paletes

Nessa Sexta Inspirada! vamos falar sobre paletes. Muita gente pode pensar que não sabe o que é isso, mas com certeza já viram eles por aí. Os paletes são aquelas bases de madeira usadas para transportar cargas em portos e mercadões como o Ceagesp, em São Paulo. Acontece que o material normalmente é descartado, gerando lixo e além de tudo desperdiçando a madeira. Vejam abaixo algumas sugestões de como usá-los na decoração.

1. Nos dormitórios, os paletes podem ser usados de duas maneiras simples e inspiradoras. Eles servem como uma base original para colchões, e se pintados em cores fortes se transformam em um charmoso ponto de destaque no ambiente. E que tal usá-los em uma cabeceira rústica? Também é uma boa maneira de inovar reciclando. O melhor é que é barato e fácil de fazer.

2. Quem sonha em ter um jardim vertical em casa, mas sabe que essa não é uma solução muito barata, pode resolver o problema com os paletes. Sacuda a preguiça e entre no espírito DIY! Bastam alguns pregos e um pouco de boa vontade para ter sua própria parede verde ou horta caseira.

3. Criado em 2009 pelo estúdio canadense BCK Design, o pufe Pallet Ottoman também possui base de paletes, que nesse caso foram pintados de branco. O assento de espuma é fixado na base através de fitas de cetim coloridas, criando um detalhe a mais na peça.

4. No Brasil, um dos profissionais engajados com o reaproveitamento de paletes é o arquiteto e designer Maurício Arruda. Desde o ano passado, ele e sua equipe firmaram uma parceria com o Studiomama, de Londres, para trazer o Pallet Project para terras brasileiras. Esse projeto estimula o reúso do material na fabricação de móveis e luminárias divulgando no site oficial o passo a passo para quem quiser construir as peças, assinadas por Nina Tolstrup, líder do estúdio londrino.

5. Já os holandeses do Most Architecture decidiram usar paletes em praticamente todo o escritório temporário que projetaram para a agência de publicidade BrandBase. As bancadas de trabalho, a mesa de reuniões, parte do piso e até mesmo a escada foram construídos com paletes reaproveitados. Incrível!

6. Uma alternativa para criar um sofá grande e barato é usar os paletes como base, como acontece nesse loft, onde eles servem de apoio para futons e muitas almofadas. O sofá baixo valoriza o pé-direito duplo e as enormes janelas. Repare que a mesa lateral também é de paletes, que ganharam rodízios e tampo de vidro para os objetos não caírem entre as ripas de madeira.

Escritório Divertido | Fabricville

Criar espaços que proporcionem experiências únicas. Esse é o objetivo do estúdio Electric Dreams, formado pela arquiteta Catharina Frankander e pelo designer Joel Degermark. Os dois são conhecidos por seus projetos lúdicos, normalmente temáticos, que contam histórias através de paredes multicoloridas e móveis originais. Conheçam sua última criação, o escritório Fabricville.

O prédio de 3 andares possuía diversos corredores sem graça e era segmentado em muitos ambientes apertados e pouco funcionais. Para que o imóvel abrigasse confortavelmente 3 empresas do ramo da moda, a dupla precisou redistribuir os espaços, determinando um pavimento para cada marca e unindo-os com a mesma identidade visual e o mesmo conceito. Foi aí que nasceu a mini cidade fictícia, Fabricville.

Os corredores estreitos viraram pequenas ruas, exibindo fachadas de casas na entrada de cada sala, enquanto cabanas coloridas abrigam os ambientes destinados às reuniões. Bolas de espuma no teto, tapetes que parecem grama colorida e paredes quadriculadas de tecido são alguns detalhes que quase transformam o projeto do escritório em cenografia.

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Banco de Concreto no Marrocos

Distribuídos entre três prédios distintos, os escritórios contemporâneos do banco BMCE se destacam na paisagem marroquina. Enquanto a última filial ainda está em fase de finalização, as unidades das cidades de Casablanca e Rabat já recebem – em grande estilo – os funcionários e clientes da instituição.

Idealizados pelos arquitetos da Foster + Partners, os prédios possuem uma estrutura de concreto que funciona como uma moldura para os grandes painéis de vidro, cobertos por uma malha de arabescos trabalhados em chapas de aço. Com 20 cm de espessura, essas malhas possuem um acabamento especial para não aquecer com o sol, e seu desenho remete aos tradicionais padrões geométricos islâmicos.

As recepções das 3 filiais possuem pé-direito duplo e ostentam uma enorme escultura de concreto que, além de banco, funciona também como uma espécie de funil gigante, conectando a cúpula do teto com o piso e proporcionando iluminação e ventilação natural.

Escritório PPB em Melbourne

A empresa australiana de consultoria, PPB, convidou os arquitetos da HASSELL, especialistas em espaços corporativos, para projetar seu novo escritório em Melbourne. A PPB queria usar o design de interiores como diferencial, empregando-o para fortalecer a comunicação entre a equipe, proporcionar mais bem-estar aos funcionários e se destacar entre a concorrência.

Considerando todas essas exigências, os arquitetos optaram por interiores simples, mas elegantes, usando uma paleta reduzida de cores e materiais. Móveis confortáveis e bastante iluminação natural garantem o sucesso do projeto, com ambientes sociáveis, saudáveis e produtivos.

Conheça um mega-escritório também projetado pela Hassell.

Agência JWT em Paris

Os interiores desse escritório contemporâneo em Paris foram idealizados pela dupla Mathieu Lehanneur e Ana Moussinet. Um projeto desse tipo permite idéias ousadas, já que a principal intenção era justamente estimular a criatividade dos funcionários da agência de marketing JWT.

A não ser por algumas salas de reunião privadas, os ambientes são todos integrados e de múltiplo uso. Na recepção, blocos brancos de diferentes tamanhos servem como assentos pouco convencionais, mas confortáveis. Simulando grama, um caminho ondulado verde passeia pelos espaços e conduz os clientes pelas salas.

Com paredes externas revestidas de papel reciclado, as salas de reunião, que lembram cavernas por fora e naves espaciais por dentro, têm isolamento acústico. Na copa, a bancada preta de formas orgânicas é também uma grande escultura.